"Pegue papel e caneta, e apenas escreva"


Na sexta-feira, dia 14.09, fizemos uma dinâmica com nossas duas turmas. Algo bem simples, que nos trouxe muitas surpresas.
Pedimos aos alunos que numa folha de caderno começassem a escrever uma história qualquer, enquanto eles escreviam iríamos falando várias palavras aleatórias ( como piolho, paralelepípedo e biboca), e eles teriam como tarefa contextualizar essas palavras na história enquanto a escreviam. Assim foi feito e, você deve imaginar quantas histórias diferentes nos apareceram.

Foram diversas, algumas sem pé nem cabeça. Sem pontos, parágrafos ou vírgulas. Outras perfeitamente escritas, poéticas, criativas. Cada uma a seu próprio jeito, com os trejeitos de seus autores.

Várias, porém, conseguiram chamar atenção de um jeito especial.
Uma delas se tratava da fuga de uma família que tentava sair de uma cidade para outra, mas era impedida por opressores. O aluno inseriu no texto diálogos de um modo que, particularmente, achei incrível. Outra, mais delicada, de uma menina, falava sobre sentir-se desconfortável na escola. Sua personagem sofria bullying nas colégio, e quando chegava em casa se isolava do irmão, que fazia coisa parecida. Outra, ainda mais linda, tinha tanta história que quase seria um conto!

Ler o textinho de cada um, e depois analisá-los, me tomou de alegria. Não me atrevi a perceber um que fosse mais ou menos interessante, mal ou bem escrito. Pelo contrário, possa soar estranho ou não, me alegrei por perceber cada errinho e poder ajudar a melhorá-lo. Nessa sexta-feira, quando cheguei em casa e li os escritos que tinham ficado comigo, me senti responsável por cada um. Me senti instigada a ajudá-los a crescer e gostar um pouquinho mais que fosse de ler e escrever, de literatura.

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